Dados muito interessantes, apresentados pelo reputado economista Branko Milanović num tweet, permitem-nos apreender de forma claríssima uma expressão de algo que é por demais conhecido: a tremenda desigualdade (de rendimentos, no caso) que impera no mundo. De facto, o gráfico explicita o número de habitantes de cada grande região que integra, em média, o decil mais alto de rendimentos à escala global, sendo que se torna gritante o diferencial entre a mais desfavorecida África (onde somente menos de 1 habitante em cada 100 é parte do decil superior de rendimentos no mundo) e o mais favorecido conjunto de países ricos (ali designados por WENAO, i.e., Europa Ocidental, América do Norte e Oceânia, onde já quase metade dos habitantes cabe no mesmo decil. Surpreendem também os valores médios apurados para o continente asiático, o subcontinente latino-americano e a sub-região da Europa de Leste (por esta ordem pouco crescente), tudo matérias onde as médias escondem diferentes situações concretas mas notoriamente reveladoras do sistema largamente disfuncional e injusto que nos envolve.
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