Como já aqui referi, Paul Krugman tem em preparação
um curso sobre a Grande Recessão, cuja estrutura programática e leituras
preliminares já partilhou saudavelmente com a blogosfera, a qual salivou o que
poderá transformar-se na síntese mais completa da agitação que 2007 e
acontecimentos subsequentes trouxeram à macroeconomia.
Um dos blocos do curso está focado no euro, sobre
o qual o economista americano é um pessimista inveterado, sobretudo atendendo à
incapacidade de resolver os problemas de fabrico. É natural por isso que vá
partilhando com a blogosfera as suas reflexões.
O gráfico de hoje relaciona a evolução das taxas
de juro a 10 anos e do peso da dívida no PIB, fazendo-o para dois momentos
comparativos: o pico da crise do euro (fins de 2011) e uma data mais recente
(setembro de 2013). Todos os países, apesar da descida das taxas, aumentam o
peso da dívida no PIB e a relação entre a taxa de juro e o peso da dívida
torna-se em 2013 menos inclinada, o que sugere que para uma dada variação de
taxa de juto podemos ter diferenças mais consideráveis (neste caso, aumentos)
do peso da dívida no PIB.
Krugman associa a evolução à decisão do BCE de
intervenção no mercado para sustentar o euro e não ao tipo de políticas (inconsequentes)
praticadas. E tem toda a razão.
Sem comentários:
Enviar um comentário