quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

GRÁFICOS



Como já aqui referi, Paul Krugman tem em preparação um curso sobre a Grande Recessão, cuja estrutura programática e leituras preliminares já partilhou saudavelmente com a blogosfera, a qual salivou o que poderá transformar-se na síntese mais completa da agitação que 2007 e acontecimentos subsequentes trouxeram à macroeconomia.
Um dos blocos do curso está focado no euro, sobre o qual o economista americano é um pessimista inveterado, sobretudo atendendo à incapacidade de resolver os problemas de fabrico. É natural por isso que vá partilhando com a blogosfera as suas reflexões.
O gráfico de hoje relaciona a evolução das taxas de juro a 10 anos e do peso da dívida no PIB, fazendo-o para dois momentos comparativos: o pico da crise do euro (fins de 2011) e uma data mais recente (setembro de 2013). Todos os países, apesar da descida das taxas, aumentam o peso da dívida no PIB e a relação entre a taxa de juro e o peso da dívida torna-se em 2013 menos inclinada, o que sugere que para uma dada variação de taxa de juto podemos ter diferenças mais consideráveis (neste caso, aumentos) do peso da dívida no PIB.
Krugman associa a evolução à decisão do BCE de intervenção no mercado para sustentar o euro e não ao tipo de políticas (inconsequentes) praticadas. E tem toda a razão.

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