A situação política em Espanha está feita num verdadeiro molho de brócolos. Pedro Sánchez, o líder do PSOE, conseguiu salvar a face ao ser segundo numas eleições em que o seu partido bateu nos mínimos de sempre e em que o PP ficou longe da maioria absoluta; o dito procura agora contrapor a Rajoy uma solução de grande coligação progressista. Mas as dificuldades são mais que muitas, quer devido ao grande peso eleitoral do “Podemos” quer sobretudo devido à inevitabilidade de negociações quase impraticáveis com forças independentistas. A agravar a questão, o partido mostra-se bastante dividido e é a própria liderança de Sánchez que vai sendo crescentemente posta em causa. Neste quadro, e talvez na procura de alguma desejável receita miraculosa, Pedrito veio a Lisboa aconselhar-se com Costa, um primeiro-ministro cada vez mais consolidado mas que, pelos vistos, ainda vai suscitando reservas ao inefável Juncker – é realmente impressionante a tendência deste simpático, e talvez até sincero, “amigo de Portugal” para o despropósito e a insistência fácil na asneira!
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