sábado, 9 de janeiro de 2016

JORNALISMO?


Que os jornais de hoje são o lixo de amanhã é uma velha e justa máxima, ademais crescentemente verificada com o andar dos tempos. Mas o que é demais é moléstia, e nisso os jornais desportivos ou as notícias desportivas dos jornais generalistas (e os deste País, em particular) são autênticos campeões.

Ora vejam só o que disseram mais ou menos afirmativamente e em pouco mais de 24 horas – de que se desse significativa conta, note-se ainda! – sobre a sucessão do basco que selecionava jogadores para os compromissos futebolísticos do F.C.Porto: uma solução caseira (tipo Rui Barros ou Luís Castro) ou o desejado André Villas-Boas, Nuno Espírito Santo ou Jesualdo Ferreira, Marco Silva ou Leonardo Jardim, Sérgio Conceição ou Rui Faria? Todos, invariavelmente, fazendo um exercício mais próximo da adivinhação do que do trabalho sério de investigação que se lhes devia exigir ou do silêncio perante o desconhecimento. Amanhã, ou quando for, darão a novidade que for com a mesma cara e sem qualquer retratação, sendo que a única dúvida que fica é se há alguém que vai acertar ou se todos vão falhar perante um contratado que ninguém tinha previsto...

Mas, dito isto, há ainda pior: porque uma coisa é aquela falta de profissionalismo (ou aquele amadorismo preguiçoso) e outra, bem diferente, é o jornalismo “à la Correio da Manhã” – ora vejam só a capa do de hoje a respeito da matéria, um compêndio de capacidade inventiva ao sabor de interesses próprios e ao arrepio de mínimos de respeito para com os visados e, sobretudo, para com os leitores que heroicamente insistem em adquirir tamanho pasquim!

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