domingo, 10 de janeiro de 2016

O PRESIDENTE DO NOSSO INGRATO DESCONTENTAMENTO





Enquanto Cavaco prossegue impávida e orgulhosamente a sua salvífica missão em prol da Pátria, não para de aumentar o número de ingratos beneficiários que teimam em não querer reconhecer os sacrifícios que fez por eles e a fantástica obra com que os brindou durante dez anos (sempre cirurgicamente algures entre “o árbitro-goleador” e “o garante”, na feliz evocação cartunista de António).

Adiante, deixemo-nos de brincadeiras de mau gosto: a criatura continua, isso sim, a bater recordes sucessivos de impopularidade (com a devida vénia ao “Expresso Diário”, veja-se o eloquente gráfico acima, que já integra a merecidamente trágica sondagem da última Sexta-Feira em que chegou ao mais baixo registo de sempre nos índices de popularidade: 12,9% pontos negativos) e vai terminar o seu mandato presidencial – já só faltam menos de 60 dias! – só, desacreditado e sem nenhuma espécie de glória. Valha-lhe o autismo (ou será apenas vaidade parola?) que sempre revelou em dose excessiva e, sobretudo, a inexcedível consolação do louvável amor/apoio e incondicional admiração que encontra na sua “Madia” e na família que com ela constituiu...


(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)

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