(Paulo Guerreiro, http://kruzgkarikaturas.blogspot.pt)
Meia centena de nomes depois, a adivinhação jornalística falhou e o FCPorto escolheu (ou conformou-se com?) José Vítor dos Santos Peseiro, treinador coruchense a caminho dos 56 anos e propositadamente resgatado no Egito. Puxando apenas pelas memórias da minha pobre cabeça de adepto futebolístico, o que consigo recordar de Peseiro é que foi adjunto de Carlos Queirós no Real Madrid, treinou o Sporting naqueles tristes tempos da “semana maldita” e andou sempre por fora do País desde então (em clubes e países sem dimensão futebolística, excetuando o caso dos gregos do Panathinaikos), apenas com uma época recente de interrupção para assumir a liderança do Braga e por lá vencer a Taça da Liga (o que o FCPorto nunca conseguiu, aliás).
Dirão os mais pessimistas, recuperando o ocorrido na época de 2004/05, que o inapelável carimbo de Peseiro é, sobretudo, o de um estrondoso perdedor. Mas o certo é que o homem estava em igualdade pontual (e vantagem no confronto direto) com o Benfica de Trappatoni quando, na penúltima jornada, jogou na Luz e perdeu por 1-0 com aquele golo irregularíssimo de Luisão que foi validado por Paulo Paraty a poucos minutos do termo do encontro. E certo é também que tinha a sua equipa apurada para a final da Taça UEFA que se disputava em Alvalade quatro dias depois, sendo que com o desânimo daquela derrota e muito desnorte emocional a mesma acabaria ingloriamente perdida perante o CSKA de Moscovo.
Mais de uma década depois, Peseiro tem pela frente uma oportunidade única de sacudir o mau olhado e de assim reabilitar o prestígio do seu nome desportivo. E apesar de ele se constituir, no atual momento, numa espécie de “melão” por abrir, só posso desejar que o dito saia madurinho e muito saboroso...
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