Hoje, razões de ordem pessoal levaram-me a passar a manhã numa cerimónia autárquica na terra de adoção do meu companheiro de blogue. Eram as Comemorações dos 30 Anos da Elevação de Vila Nova de Gaia a Cidade e do Dia do Município e, nesse quadro, a cerimónia de homenagem a 23 personalidades nacionais, regionais e locais de diversos meios (educação, saúde, cultura, desporto, economia e empresas, política, etc.), incluindo instituições como a Associação Nacional dos Municípios Portugueses, a Casa da Música e outras com obra e relevância na terra.
Quero aqui registar a qualidade do discurso do Presidente da Câmara, Eduardo Vítor Rodrigues (EVR), um homem que pela sua postura e prática cada vez mais se apresenta como o sucessor certo de Luís Filipe Menezes e suas insuportáveis e messiânicas megalomanias (para usar expressões do próprio EVR). E foi realmente esclarecedor ouvi-lo explicar a sua estratégia e enunciar as suas prioridades, designadamente no tocante a dimensões como “o imaterial como causa de mandato e não de candidatura”, a necessidade de “salvar a Região” e a denúncia dos spillovers lisboetizados, o sentido de um “uso sem complexos da marca Porto”, o balanceamento entre a gestão da dívida e a preservação do bem-estar dos cidadãos (menos IMI e menos fatura da água, p.e.) e o caráter imperioso de um serviço público entendido mais como uma “prova de estafetas“ do que como uma “feira de vaidades individuais”. Só ficamos sem saber quem foi o 24º convidado que não aceitou ser distinguido...
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