Paul Krugman desabafava há dias no blogue que alimenta no “The New York Times” (“The Conscience of a Liberal”) as suas agruras em torno da escrita dos alunos (student writing), uma matéria que o aproxima da larga maioria dos professores (da velha guarda, pelo menos) e que, pelos vistos, não só não é especificidade deste querido e lusitano país como também ocorre no poderoso gigante norte-americano.
As três referências concretas que terão feito “saltar a tampa” a Krugman foram a derivação do substantivo “impacto” para a forma verbal (também corrente entre nós), a utilização da palavra incentivize (a estrutura da língua portuguesa não faz com que “incentivar” redunde numa tal obscenidade) e a frequente confusão entre principle e principal (cuja ultrapassagem apresenta com graça como um claro principal principle, i.e., literalmente um “princípio principal”, da escrita).
No que me toca, também recordo com irritação os múltiplos “pontapés na gramática” e as variadas calinadas que me foram passando pelas mãos em termos escritos, mas ainda não consegui deixar de guardar com sentida saudade a imagem daquelas alunas a quem ouvi, em provas orais, referências respeitosas aos mentores de um conhecido modelo da Economia Internacional (“o senhor heckerohlin”), num caso, e autênticas manipulações a torto e a direito em torno de uns magníficos “numbaros” (sic), noutro. Todos temos a nossa cruz!
As três referências concretas que terão feito “saltar a tampa” a Krugman foram a derivação do substantivo “impacto” para a forma verbal (também corrente entre nós), a utilização da palavra incentivize (a estrutura da língua portuguesa não faz com que “incentivar” redunde numa tal obscenidade) e a frequente confusão entre principle e principal (cuja ultrapassagem apresenta com graça como um claro principal principle, i.e., literalmente um “princípio principal”, da escrita).
No que me toca, também recordo com irritação os múltiplos “pontapés na gramática” e as variadas calinadas que me foram passando pelas mãos em termos escritos, mas ainda não consegui deixar de guardar com sentida saudade a imagem daquelas alunas a quem ouvi, em provas orais, referências respeitosas aos mentores de um conhecido modelo da Economia Internacional (“o senhor heckerohlin”), num caso, e autênticas manipulações a torto e a direito em torno de uns magníficos “numbaros” (sic), noutro. Todos temos a nossa cruz!
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