Via Simon Wren-Lewis no Mainly Macro, que
trabalha informação do último OECD Economic Outlook (maio de 2014), é possível confirmar
para memória futura o erro histórico que tem dominado a questão económica
europeia nos últimos tempos. O olhar de Wren-Lewis distancia-se da Alemanha
para se concentrar num conjunto de economias mais desenvolvidas da União
Europeia nas quais o “output gap”
é negativo com algum significado. Um output gap
negativo significa que as economias estão ainda a trabalhar com significativo
excesso de capacidade.
O gráfico de Lewis é bem elucidativo pois esse
conjunto de economias está a braços hoje com excedentes primários, ou seja, estão
com uma política fiscal que decididamente não é expansionista, com relevo para
França, Finlândia e Holanda que desenvolvem presentemente políticas fiscais bem
restritivas.
Por estas razões, Draghi pode inventar o que
quiser, que não lhe permitirá sanar as conhecidas dificuldades da sua política
monetária atingir a economia real.
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