sábado, 21 de junho de 2014

FIGURINHAS DA COPA (III)


É de longe o facto futebolístico mais conhecido entre nós. Mundial de 1966, em Inglaterra; Portugal passara brilhantemente a primeira fase, eliminando inclusivamente o Brasil, e encontrava a Coreia do Sul nos quartos-de-final; o jogo é em Goodison Park, Liverpool, e apitado por um israelita; aos 25 minutos da primeira parte, o resultado cifra-se desesperadamente em 0-3; Eusébio marcaria depois quatro golos (dois de grande penalidade) entre os 27 e os 59 minutos e Portugal acabaria por chegar a um histórico 5-3, passando a umas meias-finais em que cairia às mãos de uns favorecidos donos da casa que acabariam por tudo coroar com uma vitória sobre a Alemanha Ocidental na final mais polémica de sempre (4-2 no prolongamento, com dois golos irregulares – um em que a bola não chega a ultrapassar a linha e outro com três adeptos instalados no terreno – validados pelo árbitro suíço).

Abaixo as “figurinhas” deste período dos 60/70 em vivi a minha infância e juventude e em que ao título inglês (com as destacadas figuras de Bobby Charlton, Bobby Moore, Geoffrey Hurst e Gordon Banks) se juntaram o do Brasil em 1970 (o “tri” daquela que é tida pela melhor seleção de sempre, capitaneada por Carlos Alberto e tendo uma linha ofensiva constituída por um inesquecível quinteto: Jairzinho, Gerson, Tostão, Pelé e Rivelino) e o da Alemanha em 1974 (com o guarda-redes Sepp Maier, Berti Vogts, Paul Breitner, Wolfgang Overath, Gerd Müller, Uli Hoeness – sim, aquele presidente do Bayern de Munique este ano condenado a prisão efetiva por evasão fiscal – e, sobretudo, o genial Franz Beckenbauer a sobreporem-se à espantosa máquina holandesa – a célebre “Laranja Mecânica” – capitaneada pelo seu igualmente genial capitão, o número 14 Johan Cruyff, e tendo por outros expoentes Ruud Krol, Rob Rensenbrink, Johan Neeskens e Johnny Rep). Uma menção ainda à melhor Polónia de sempre, com craques tão míticos quanto Lato, Deyna ou Szarmach. Tempos incomparáveis, mesmo sabendo-os beneficiários daqueles empurrões que os teen necessariamente proporcionavam!



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