sexta-feira, 27 de junho de 2014

UM MELÃO PARA A EUROPA ABRIR

(Peter Brookes, http://www.thetimes.co.uk)

(Christian Adams, http://www.telegraph.co.uk)

(Peter Brookes, http://www.thetimes.co.uk)

O Conselho Europeu indigitou Jean-Claude Juncker para próximo presidente da Comissão Europeia. Como já aqui disse antes, chegadas as coisas onde chegaram, essa era a única alternativa minimamente credível que estava ao dispor dos líderes hoje formalmente reunidos. Merkel conseguiu manter as aparências, apesar de Cameron e suas ameaças, logrando ainda virar a favor da maioria expressa a posição inicialmente contrária de suecos e holandeses e só tendo tido assim ficado os húngaros ao lado dos ingleses. Menos mal, portanto.


Não obstante, este resultado estaticamente positivo encerra várias possibilidades de vir a revelar seguimentos dinamicamente negativos. Primeiro, porque os britânicos vão somando capital de queixa e um dia destes vão usá-lo. Segundo, porque Juncker tem algumas qualidades a seu favor mas também tem alguns telhados de vidro (abstraindo dos de natureza pessoal, como aquele que preenche a ofensiva capa do inglês “Daily Telegraph” de hoje, sublinho como um dos mais substantivos a sua origem luxemburguesa e os seus compromissos com as essências desse paraíso fiscal). Terceiro, porque ainda está por conhecer o verdadeiro alcance do “bloco central” que aparentemente se desenha para o próximo quinquénio europeu – como é sabido, os líderes de centro-esquerda juntaram-se em minicimeira no sábado passado em Paris para estabelecerem as grandes bases de negociação do seu apoio a Juncker enquanto primeira manifestação de acertos mais alargados; sendo que a partilha de lugares (veja-se abaixo um esboço possível) parece mais simples do que as políticas e a mudança delas. Um assunto que os socialistas portugueses deveriam estar a seguir com máximos de atenção...

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