O currículo de Fernando Teixeira dos Santos em termos de previsões sobre juros e spreads não é brilhante. Mas esta semana, falando num encontro de economistas ibéricos, terá estado bem mais certeiro ao afirmar a propósito da redução das taxas de juro que se tem vindo a verificar e da consequente redução dos prémios de risco exigidos pelos credores que “estamos numa conjuntura muito especial de mercado, que não vai durar”, justificando-se nestes termos: “eu creio que convém não nos iludirmos [tanto os espanhóis como os portugueses], pois as taxas são historicamente baixas e não parecem ter grande relação com os chamados fundamentais da economia”. E ainda foi acrescentando que “o País retrocedeu uma década” e que existe um “risco sério” de Portugal passar por um processo de estagnação económica prolongado. E, na verdade, não deve estar longe da razão nos dois casos, como aqui também tenho vindo a procurar sustentar...
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