Já não nos chegavam as bocarras de Rehn – o mais recente correligionário de Marinho e Pinto, como parece confirmar-se – e as recorrentes palermices e exibições de arrogância vindas de várias figuras governativas instaladas em algumas grandes capitais europeias. Foi ontem a vez de Klaus Regling, o alemão que dirige o EFSF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira), vir expor a profunda falta de sentido e pudor democrático de toda uma gentinha que nos vai guiando ao sabor de (in)confessáveis interesses. Bem dizia ontem Manuela Ferreira Leite, quando sugeria que Regling devia ter-se aconselhado com o experiente Schäuble (que afirmou há dias em Albufeira: “ensinaram-me a não comentar nunca as decisões dos tribunais constitucionais, porque nós também temos na Alemanha um Tribunal Constitucional”): “Tenho poucas dúvidas acerca disso [que devia ter estado calado]. Quer dizer, ainda por cima falarem de um Tribunal Constitucional que não é do país deles parece-me realmente um bocadinho indecoroso, para lhe dizer com franqueza”. O chá, a decência e os princípios escasseiam largo, lá como cá...
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