As primeiras três Copas do século XXI trouxeram um “penta” brasileiro, um “tetra” italiano e uma estreia campeã da Espanha. Em 2002, a organização foi ineditamente partilhada, no caso entre a Coreia do Sul e o Japão, e por lá se impôs a boa seleção dos três Rs (Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho, sem menosprezo para com o excelente lateral-esquerdo Roberto Carlos), com especial dificuldade na meia-final contra uma surpreendente Turquia; duas outras equipas em destaque foram a anfitriã Coreia do Sul (apenas afastada, e com luta, na meia-final com a Alemanha) e o Senegal (eliminado nos quartos-de-final pela Turquia em prolongamento). Em 2006, ocorreu o facto mais assinalado destes anos: uma cabeçada no peito do italiano Marco Materazzi por parte daquele que tinha sido o jogador do torneio Zinedine Zidane, ao carregar a França até à final ali em disputa e em que fazia a sua despedida do futebol, leva-o à expulsão pelo árbitro argentino já no prolongamento e dificulta aos franceses uma tentativa séria de impedirem as grandes penalidades que viriam a dar o título à Itália (5-3); o outro elemento mais marcante desta Copa alemã terá estado na memorável prestação da seleção nacional (apenas derrotada nas meias-finais pelos franceses, após eliminações inesquecíveis da Holanda e da Inglaterra anteriormente). Em 2010, por fim, o difícil título de nuestros hermanos, vencendo invariavelmente por 1-0 nos jogos a eliminar (Portugal nos Oitavos, Paraguai nos Quartos, Alemanha nas Meias e Holanda no prolongamento da final), num campeonato em que os holandeses voltaram a ficar apenas perto e em que as grandes surpresas foram o Uruguai (4º lugar) e o Paraguai e o Gana (ambos tombados nos Quartos-de-Final, os africanos por penáltis perante os uruguaios).
Abaixo são apresentadas as “figurinhas” mais relevantes, algumas das quais ainda bem vivas desportivamente. Em 2002, e nos campeões, aos referidos Rs são de acrescentar os nomes do guarda-redes Marcos, do capitão Cafu e do central Lúcio; nos vice-campeões, o eleito jogador do torneio (Oliver Kahn) e os seus companheiros Michael Ballack e Miroslav Klose; outros destaques foram Hakan Sukur, Özalan, Hasan Şaş e o guardião Rüştü (Turquia), Hong Myung-Bo (Coreia do Sul, aliás seu selecionador atual), o senegalês Diouf, os americanos Claudio Reyna e Landon Donovan (este eleito o melhor jovem) e os ingleses David Beckham, Sol Campbell e Ferdinand. Em 2006, o central Fabio Cannavarro ombreou com Zidane pela “Bola de Ouro” e contou com o brilho de colegas como o guardião Gigi Buffon e Andrea Pirlo, entre outros destaques (Zambrotta e Grosso atrás, Gattuso ao meio e Totti e Luca Toni à frente); nos franceses, a Zidane juntaram-se Thierry Henri, Ribéry, Patrick Vieira e Thuram; do lado português, o capitão Luís Figo teve como parceiros mais notáveis Ricardo Carvalho, Deco, Maniche e Pauleta (além dos penáltis defendidos por Ricardo); saliência especial ainda para a dupla de alemães Miroslav Klose (“Bota de Ouro”) e Lukas Podolski (melhor jovem), para o argentino Hernan Crespo e para os brasileiros Ronaldo e Kaká. Em 2010, por fim, aos prémios conquistados pelo uruguaio Diego Forlán (“Bola de Ouro”), pelo alemão Thomas Müller (melhor jovem e “Bota de Ouro”, em igualdade de golos com Forlán, o holandês Wesley Sneijder e o espanhol David Villa) e pelo guarda-redes espanhol Iker Casillas devem registar-se alguns dos outros esteios dos novos campeões (sobretudo Xavi Hernandez e Andrés Iniesta, mas também os defesas Puyol e Sergio Ramos e os médios Busquets e Xabi Alonso), as exibições do holandês Sneijder (com Robben e Van Persie) e do uruguaio Forlán (com Luis Suarez, Martin Caceres, Cavani, o guardião Muslera e o tão nosso conhecido uruguaio Maxi Pereira), assim como dos alemães Bastian Schweinsteiger, Mesut Özil e Philipp Lahm.
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