sábado, 2 de maio de 2015

O GRUPO DOS 12 EM BOM


A crer em alguma comunicação social, hipótese que não deixa de corresponder desde logo a um tremendo dum exercício, estas são as caras do grupo de 12 sábios que o PSD irá brevemente designar. Isso, a ser replicado ipsis verbis o modelo socialista, incluindo as duas senhoras entre dez homens. Na linha de cima, o controleiro Marco António e três acólitos dados por experientes (Rogério Gomes do gabinete de estudos e mais algumas coisas, Manuel Rodrigues das conversas com a Troika e de uma secretaria de Estado pouco trabalhosa e aquele Pedro Reis que levou nova vida à AICEP). Na linha do meio, os que têm/tiveram lugares e desempenhos profissionais (Moreira Rato, ex-IGCP e BES/Novo Banco, Inês Domingos na Macrometria, Brandão de Brito no BCP e Eduardo Cardadeiro na ANACOM). Na linha de baixo, os académicos da Nova e do Banco de Portugal (Jorge Bravo, Cátia Baptista, João Valle e Azevedo – que raio de nome! – e Pedro Portugal).

Claro que é altamente provável que a composição final venha a ser objeto de ajustamentos, até para que não se diga que tudo foi bufado aos jornalistas. Talvez a Cecília Meireles e o Diogo Feio do CDS ou o Pedro Saraiva e o Duarte Marques do PSD venham ainda a ser chamados para dar mais algum colorido partidário, jurídico, gestionário ou trauliteiro. Talvez o Marco António, não podendo coordenar (por razões óbvias para todos, embora não necessariamente para ele próprio), se limite a indicar um olheiro. Mas, no essencial e muito à pior maneira portuguesa, sempre se irá relevar ou aquele “nós também temos sábios” ou aquele “os nossos são melhores que os deles”.

E, já agora, não consigo evitar uma interrogação personalizada e amiga: o que está ali a fazer o bracarense e fepiano Pedro Portugal, um dos nossos grandes investigadores em Economia e alguém cujos espírito aberto e trajeto pessoal não qualificariam facilmente para estas tão politiqueiras (não confundir com políticas) e liberalóides (não confundir com liberais) andanças – será talvez culpa de Mário Centeno, mas ainda assim...

Sem comentários:

Enviar um comentário