domingo, 27 de setembro de 2015

NÃO HAVIA NECESSIDADE …




(Outros também começaram assim …)

O “Doce do Teixeira” é uma peça bem doce para uma argolada imprevista de Fernando Teixeira dos Santos quando acedeu à entrevista ao Económico. É claro que a leitura da entrevista que FRS dá ao Económico não diz bem com a chamada de título que ardilosamente a jornalista do jornal puxou para a caixa de abertura do artigo. Mas o ex-ministro tinha obrigação, no caso de não ter querido mandar mais um pedaço de madeira para a fogueira em que o PS começa a estar envolvido, de pelo menos ter feito uma comparação entre as duas abordagens, a da coligação e a do PS.

Começo infelizmente a pensar que há malta que não apreende bem o significado político de ter feito parte de um governo socialista, independentemente de todos os traumas e deceções que essa participação tiver determinado. Outros também começaram assim, a desdenhar do campo político em que intervieram (dispenso-me de os enumerar, são bem conhecidos mesmo que tenha sido curta a passagem por esse universo) e acabam por oferecer-se ao campo adversário. Mas esta gente não se apercebe que é essa facilidade com que anulam o significado da sua intervenção independente num governo alinhado que justifica o crescimento daquela voz popular tão desacreditadora da alternância democrática de que são todos os mesmos?

Não havia mesmo necessidade! Ou havia mesmo para intervir neste contexto muito particular da campanha? Só o futuro o dirá!

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