(Outros
também começaram assim …)
O “Doce do Teixeira” é uma peça bem doce para uma argolada imprevista de
Fernando Teixeira dos Santos quando acedeu à entrevista ao Económico. É claro
que a leitura da entrevista que FRS dá ao Económico não diz bem com a chamada
de título que ardilosamente a jornalista do jornal puxou para a caixa de
abertura do artigo. Mas o ex-ministro tinha obrigação, no caso de não ter
querido mandar mais um pedaço de madeira para a fogueira em que o PS começa a
estar envolvido, de pelo menos ter feito uma comparação entre as duas abordagens,
a da coligação e a do PS.
Começo infelizmente a pensar que há malta que não apreende bem o
significado político de ter feito parte de um governo socialista,
independentemente de todos os traumas e deceções que essa participação tiver
determinado. Outros também começaram assim, a desdenhar do campo político em
que intervieram (dispenso-me de os enumerar, são bem conhecidos mesmo que tenha
sido curta a passagem por esse universo) e acabam por oferecer-se ao campo
adversário. Mas esta gente não se apercebe que é essa facilidade com que anulam
o significado da sua intervenção independente num governo alinhado que
justifica o crescimento daquela voz popular tão desacreditadora da alternância
democrática de que são todos os mesmos?
Não havia mesmo necessidade! Ou havia mesmo para intervir neste contexto muito
particular da campanha? Só o futuro o dirá!
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