(Uma breve
nota em torno da série histórica Carlos, Rey Imperador da TVE …)
Já aqui referi o bom exemplo de serviço público,
pedagógico, atrativo, divulgador da história de Espanha que a TVE prestou ao país
Espanha e aos espectadores portugueses, em que me situo, com as três séries
focadas nos Reis Católicos, principalmente em Isabel.
Claro que uma série desta natureza suscita sempre reservas historiográficas,
sobretudo em torno do romancear que é introduzido sobre alguns acontecimentos e
até sobre a representação cenográfica utilizada. Mas o tipo de debate suscitado
em torno dessas matérias é ele próprio ilustrativo do interesse do investimento
cultural realizado pela TV pública espanhola.
Pois, agora, não propriamente entendida como uma sequência das três edições
da série Isabel, a TVE regressa ao modelo com a série Carlos,Rey Imperador, centrada agora na figura de Carlos V e numa época,
o século XVI, em que acontecimentos fulcrais para o entendimento da Europa se
concretizaram. Portugal lá aparece, à luz da interpretação da historiografia
espanhola, sem que o serviço público de televisão em Portugal seja capaz de
algo similar e não seria por falta de historiografia moderna sobre a matéria.
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