sexta-feira, 25 de julho de 2014

AGORA É AÉCIO?




Já só falta um mês para o início da campanha eleitoral para as presidenciais de outubro no Brasil. A crer nas últimas sondagens, e provavelmente com um empurrãozinho vindo das desilusões da Copa por conta do insuportável Scolari (não foi Dilma quem definiu o seu próprio governo como “padrão Felipão”?), a atual “presidenta” começa a estar em reais dificuldades (“Vai sobrar para ela?”, perguntava a capa da “Veja” por cá distribuída na passada semana) perante um dos seus dois grandes contentores, o senador e ex-governador mineiro Aécio Neves (neto do mítico presidente Tancredo que, em 1985, foi o primeiro civil a chegar ao poder após a ditadura militar, tendo falecido logo 38 dias depois da posse); o outro é o pernambucano Eduardo Campos, cuja associação com Marina Silva chegou a prometer boas hipóteses mas que agora parece afastado da disputa principal.

Em face dos complexos bloqueios que atualmente marcam a vida da sociedade brasileira, somados à clara degradação da imagem do PT (no governo há três mandatos sucessivos, dois com Lula e um com Dilma) perante os variados episódios de corrupção, abuso de poder e similares que se foram crescentemente conhecendo, justo é admitir que um regresso dos “tucanos” do PSDB ao comando do país (através da eleição de Aécio, cujos tópicos programáticos se reproduzem abaixo) pudesse vir a constituir um passo relevante no sentido de um novo salto qualitativo quer do país quer da sua economia. Não obstante, e apesar da evolução favorável que as sondagens vêm evidenciando (apontando já para um empate técnico à segunda volta, concretamente 44% contra 40%), as dificuldades que estão pela frente são ainda muitíssimas para um Aécio necessariamente menos reconhecido pela população do que a presidente instalada (ver abaixo a distribuição regional da sondagem, a qual lhe é especialmente desfavorável nos Estados do Norte e Nordeste) e no contexto de uma lei eleitoral em que a repartição dos tempos televisivos beneficia as coligações partidárias (num país em que há partidos para tudo) e de uma situação em que as maiores expectativas de permanência no poder por parte de Dilma as foram tornando mais apetecíveis para o seu lado – tudo visto e ponderado, a tão coligada dama aparecerá mais do dobro do tempo de Aécio no pequeno ecrã durante o próximo mês e meio. Mas não será seguramente por isso que a luta vai ser menos cerrada e que o resultado final, embora renhido, pode ser simpático; e talvez até histórico…



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