Um artigo de Amanda Mars no El País de hoje dá-nos
conta que a situação no sistema bancário espanhol é bem pior do que a que se
viveu em Portugal do ponto de vista da dissipação de fundos públicos. Não é que
o mal do vizinho nos compense das nossas próprias agruras, mas que a situação é
bem diferente parece não haver dúvidas.
No período 2009-2013, foram enterradas na banca
espanhola 61.495 milhões de euros (ver imagem), não entrando em linha de conta
com avais e garantias que atirariam o valor global das ajudas para cerca de
100.000 milhões de euros. As estimativas disponíveis apontam para que,
recuperados apenas 4% desse valor, sejam para já considerados como perdidos já
cerca de 26.000 milhões de euros, o que é obra.
Face à crueza destes números começa-se a entender
toda a série de perturbações e de movimentação da sociedade espanhola atingida
por uma penosidade desproporcionada.
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