A leitura dos semanários provocou-me algumas BES
náuseas, tamanha é a centralidade que o tema ocupa em tudo que é bicho careta
de comentador, analista e outros, parecendo que o país se resume ao desmoronar
do GES e aos cada vez mais nítidos impactos na atribulada saúde financeira do
Banco (veremos como o mercado reage ao anúncio dos calamitosos resultados do 1º
semestre). Vá lá que Vítor Bento já é reconhecidamente careca …
A minha intuição diz-me que não será assim tão fácil
como o anunciam as mensagens tranquilizadoras do Banco de Portugal fazer
emergir um renovado BES depois do impacto do desmoronamento do grupo. A trama da Tranquilidade e da PT revelar-se-á
mais pronunciada e acintosa do que as primeiras impressões.
E no meio disto tudo alguns jornalistas e
comentadores resolveram atirar-se à justiça portuguesa, zurzindo no facto de ela
só ter aparecido em cena quando Ricardo Salgado estava enfraquecido. É preciso
de facto ter a noção invertida das coisas para neste momento eleger este facto
como o mais merecedor de reflexão.
Estou curioso em saber como os diferentes grupos
de trabalho da convenção António Costa em Aveiro discutiram temas de futuro sem
ponderar a situação atual do sistema financeiro e remetendo para depois o
constrangimento da dívida.
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