A imagem que abre este post é gráfico da semana na página do conhecido think-tank Bruegel tão influente pelos sítios
de Bruxelas e vale por si não exigindo muitas palavras.
O gráfico descreve entre 2001 e 2013 a
transformação da estrutura da economia mundial, na perspetiva da polaridade
economias desenvolvidas versus economias em desenvolvimento e emergentes. À
paridade de poder de compra, que é para a informação disponível a modalidade
ainda mais rigorosa da comparação da dimensão económica dos países, o grupo dos
emergentes e em desenvolvimento ultrapassa em peso no produto mundial dos
desenvolvidos. E são estes a deter o maior peso da dívida pública bruta, também
em percentagem do PIB. Significa isto que a polarização não desapareceu mas
transformou-se. Outros indicadores de desigualdade e de poder económico terão
de ser procurados para além da simples quota do produto mundial. Também não será
estranho a esta transformação, um outro fenómeno de que se tem falado muito nos últimos
tempos, a chamada “savings glut”, ou
seja a pipa de poupança formada fora do mundo desenvolvido. A equação é
simples: populações com maior cultura de poupança com rendimento em crescendo e
aí temos o “glut”.
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