segunda-feira, 21 de julho de 2014

DO UNIVERSO

(Representação do planeta Gliese 832 c em comparação com a Terra, http://phl.upr.edu)

Prendeu-me a atenção a recente notícia, que aqui partilho, da descoberta por uma equipa de especialistas internacionais (do PHL, Laboratório de Habitabilidade Planetária, de Porto Rico) de mais um exoplaneta (ou planeta extrassolar) com potencialidades de ser habitável.

É já o 23º e foi batizado de Gliese 832 c por estar na órbita de uma estrela anã vermelha previamente chamada de Gliese; sabe-se que tem, pelo menos, 5,4 vezes mais massa que a Terra, que recebe da estrela a mesma energia média que a Terra recebe do Sol, que possui uma órbita que apenas dura 36 dias e que se encontra a cerca de 16 anos-luz de distância de nós, mas ainda se desconhecem outras caraterísticas essenciais como a sua composição e densidade atmosférica – embora se admita que a excentricidade da sua órbita possa conduzir a grandes flutuações atmosféricas e a significativas mudanças de temperatura, a possibilidade de vida parece existir num quadro de condições climatéricas relativamente extremadas (o planeta já foi avaliado como uma super-Terra quente).

É ainda curioso registar que, segundo uma categorização planetária relacionada com um ESI (Índice de Semelhança com a Terra), a nova descoberta passa a ser o terceiro planeta conhecido mais parecido com o nosso (índice de 0.81) e fica a uma tão pequena diferença dos dois melhor classificados (o Gliese 667C c e o Kleper-62 e, com ESIs de 0.84 e 0.83), sendo de prever que a sua maior proximidade (ver abaixo a tabela periódica de exoplanetas apresentada por ordem de distância em relação à Terra) possa conduzir a uma concentração sobre si de alguns focos essenciais da investigação especializada.

Um universo imenso, um mistério avassalador, uma ignorância desmedida. E uma existência tão insignificante quanto chocante no seu extraordinário afã destruidor...

Sem comentários:

Enviar um comentário