sábado, 12 de julho de 2014

LAGINHA PROGRAMADOR


No quadro de uma iniciativa inédita da direção artística da Casa da Música, está a decorrer a semana em que o músico e compositor Mário Laginha aceitou assumir-se como programador (“A Casa do Mário – Carta Branca a Mário Laginha”), delineando um ciclo variado em torno das suas múltiplas influências e propostas musicais – “O meu universo musical é forçosamente contaminado pelas caraterísticas que me atraem em qualquer estilo de música. Aquilo que eu pretendi fazer foi simplesmente tentar perceber que posso utilizar, como devo utilizar e quando utilizar essas caraterísticas. É um terreno difícil, mas o desafio é demasiado atraente.” (Mário Laginha citado no programa distribuído).

Não pude estar na abertura, mas assisti ao belíssimo concerto desta noite em que a interpretação de Laginha ao piano foi arrepiante, quer no concerto para piano em Fá menor de Bach quer no concerto para piano e orquestra de sua autoria, sempre acompanhado por uma Orquestra Sinfónica do Porto muito bem dirigida pelo maestro alemão Peter Rundel. A abrir, esta tocou o "Divertimento para cordas" de Bela Bartók e, a terminar, "Nobody knows the trouble I see" para trompete e orquestra de Bernd Alois Zimmermann com o jovem trompetista Sérgio Pacheco.

Amanhã há mais, com o “Mário Laginha Trio” a recriar de algum modo um dos seus momentos mais inesquecíveis, ocorrido em Serralves no mítico ano de 2001. E na Terça o ciclo encerra com o grupo de um jovem e premiado saxofonista da nova geração do jazz (“Ricardo Toscano 4Teto”). Definitivamente a não perder...

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