Uma semana de vergonha para Portugal e os portugueses, com a dupla Cavaco-Passos a comportar-se como um verdadeiro corno manso sem complexos, ratificando presencialmente a inqualificável adesão da Guiné Equatorial à CPLP e a morte de facto desta comunidade sem que os principais responsáveis pela prática da má ação (Dilma e José Eduardo) se dignassem mesmo a dar a cara por ela – uma situação abaixo de qualquer classificação e em que o incidente da cerimónia (Cavaco, coitado, apenas queria ajudar Timor-Leste a fazer da cimeira um sucesso!) mais não constituiu do que a cereja em cima de um bolo já irremediavelmente intragável. Em complemento, a questão surgida em torno do destino a ser dado ao acervo de Álvaro Siza Vieira – que veio a acabar salomonicamente distribuído entre a Gulbenkian, Serralves e o Centro Canadiano de Arquitetura – foi apenas mais um repetitivo episódio desse triste folhetim lusitano em que o reconhecimento dos melhores filmes da nação depende sobretudo do seu grau de silencioso conformismo em relação às indecências do status quo...
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