Ainda a propósito do post de ontem sobre as eleições gregas, vi entretanto um comentário complementarmente relevante de Rui Tavares no “Público” de ontem. Transcrevo-o com a devida vénia: “Na Grécia, que terá eleições no próximo dia 6 de maio, há uma aventura semelhante – a da Esquerda Democrática. A Esquerda Democrática é uma coligação entre duas cisões, uma vinda dos socialistas e outra da esquerda radical: é como se em Portugal a ala esquerda do PS se aliasse aos bloquistas mais abertos. Em apenas um ano, estão nas sondagens acima dos dez por cento, e já apareceram em primeiro à frente de todos os outros partidos de esquerda.”
Assim é, com efeito. Constituindo, aliás, um raro elemento de algum otimismo no pântano de descrença em que se transformou a política grega. Atualmente com dez deputados (quatro oriundos da ala renovadora do Synaspismós e seis provenientes do PASOK), este DIMAR (liderado por um político maduro e experiente como é Fotis Kouvelis – “queremos uma esquerda que seja ousada, que não se fixe em opções simples nem faça concessões a um esquerdismo populista ou míope”) poderá vir a pelo menos duplicar a sua representação e a assim contribuir para contrabalançar o enorme desgaste sofrido pelo PASOK e para reforçar uma área política determinante no sentido de forjar uma alternativa construtiva à situação vigente…
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