domingo, 8 de abril de 2012

O DESASTRE SEGUNDO MARCELO



O período pascal não foi favorável ao governo. Apesar do erro de palmatória em que o PS e Seguro se deixaram enredar, com a história da mudança estatutária que exigiria um mea culpa e não propriamente a validação a posteriori por um Congresso que constituirá sempre um remendo democrático, a trapalhada do período de vigência dos cortes do 13º e 14º meses é de manual, não de boa prática, mas de desarticulação da máquina governativa, logo das suas duas principais figuras.
A situação não escapou como seria de esperar ao professor Marcelo. Implacável e na minha opinião correto no enunciado do erro democrático em que o PS e Seguro se envolveram, Marcelo encontrou na trapalhada do governo a matéria de que avidamente precisava para o seu equilíbrio de comentário. A expressão utilizada foi pesada – um desastre, nem mais nem menos. Gaspar diz uma coisa, Passos diz outra, Gaspar corrige com a invocação de um lapso, Passos no exterior amplifica o erro, remetendo para as calendas o reequilíbrio da situação. Parecia o jogo dos casais proferindo afirmações sem o conhecimento do par e dando origem a divergências comprometedoras. Tudo isto para Relvas aparecer, pôr ordem na casa e decretar a pretensa realidade.
Com estes deslizes de parte a parte, a luta política entra num jogo de negativos. Joga-se para perder por menos.
Marcelo foi também contundente a propósito da disparatada tomada de posição da Comissão Europeia que acaba por estar na origem de toda esta trapalhada. Quem exporta Barrosos que de Durão só tem o nome acaba por mordê-las. Aqui o PS sai vitorioso. Exportou Guterres e o homem tem-se aguentado. Afinal, sempre é melhor conviver com Angelina Jolie do que com o insípido Ohli Rehn e outros que nem pelo nome nos recordam qualquer coisa positiva.

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