O período pascal não
foi favorável ao governo. Apesar do erro de palmatória em que o PS e Seguro se
deixaram enredar, com a história da mudança estatutária que exigiria um mea
culpa e não propriamente a validação a posteriori por um Congresso que
constituirá sempre um remendo democrático, a trapalhada do período de vigência
dos cortes do 13º e 14º meses é de manual, não de boa prática, mas de
desarticulação da máquina governativa, logo das suas duas principais figuras.
A situação não
escapou como seria de esperar ao professor Marcelo. Implacável e na minha opinião
correto no enunciado do erro democrático em que o PS e Seguro se envolveram, Marcelo
encontrou na trapalhada do governo a matéria de que avidamente precisava para o
seu equilíbrio de comentário. A expressão utilizada foi pesada – um desastre,
nem mais nem menos. Gaspar diz uma coisa, Passos diz outra, Gaspar corrige com a
invocação de um lapso, Passos no exterior amplifica o erro, remetendo para as
calendas o reequilíbrio da situação. Parecia o jogo dos casais proferindo
afirmações sem o conhecimento do par e dando origem a divergências
comprometedoras. Tudo isto para Relvas aparecer, pôr ordem na casa e decretar a
pretensa realidade.
Com estes deslizes
de parte a parte, a luta política entra num jogo de negativos. Joga-se para
perder por menos.
Marcelo foi também
contundente a propósito da disparatada tomada de posição da Comissão Europeia
que acaba por estar na origem de toda esta trapalhada. Quem exporta Barrosos
que de Durão só tem o nome acaba por mordê-las. Aqui o PS sai vitorioso. Exportou
Guterres e o homem tem-se aguentado. Afinal, sempre é melhor conviver com
Angelina Jolie do que com o insípido Ohli Rehn e outros que nem pelo nome nos
recordam qualquer coisa positiva.
Sem comentários:
Enviar um comentário