Hoje é dia de
divulgações. O Laboratório Associado Instituto de
Ciências Sociais (ICS) organiza ao longo dos meses de Maio e Junho
uma série de conferências /seminários focados na relação Políticas Públicas (por andam elas?) e Território.
O horário de fim
de tarde (18 horas) não é convidativo para quem fora de Lisboa estiver
interessado em participar e regressar de comboio a horas decentes. Lá estarei
no dia 15 de Maio para a segunda conferência, discutindo a territorialização de
políticas públicas e as orientações do período de programação 2014-2020.
Estou a trabalhar
numa ideia central que será declinada em sub-argumentos que espero sejam
coerentes entre si: a conjugação da nova estratégia de programação com o contexto
em que a sociedade portuguesa estará mergulhada nesse período ditará que a territorialização
de políticas públicas (por mais tímidas que se apresentem) tenderá a gerar dois
trends não necessariamente convergentes:
- Por um lado, domínios como o da especialização inteligente e sustentabilidade tenderão a forçar a viabilização do espaço pertinente do supra-municipal e regional como elementos de mobilização de projetos e de capacitação de atores;
- Por outro lado, as sequelas associadas ao desemprego estrutural e aos erros do mito da austeridade expansionista tenderão a pressionar o local como espaço preferencial de intervenção e mobilização de atores.
Como se
compreenderá, os desafios de governação e coordenação implícitos nestas duas
trajetórias não convergentes de efeitos são fortes. É nesta ideia que estou a
trabalhar.
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