quarta-feira, 25 de abril de 2012

TÃO AMIGOS QUE NÓS ÉRAMOS


Santana Castilho é um cronista regular do Público, professor do ensino superior, mais propriamente professor coordenador de Organização e Gestão do Ensino da Escola Superior de Educação de Santarém, especialista em educação, depreende-se. As suas crónicas ficaram conhecidas pelo tom virulento da crítica sobretudo para com a política de educação do PS (Maria de Lurdes Rodrigues). Talvez com alguma pretensão excessiva, Santana Castilho apresentava-se como um ideólogo ou simplesmente como animador de ideias da rebelião de professores.
Os jornais desses tempos começaram a dar conta da participação direta ou simplesmente como contribuidor da elaboração do programa de governo de Passos Coelho na área da educação.
Por razões que as más línguas situam no facto do Professor esperar talvez um lugar de governação que não se verificou, ou simplesmente porque a prática do governo se começou a afastar das suas ideias, Santana Castilho tem emergido nos últimos tempos como um feroz adversário da política do governo, zurzindo quer no Primeiro-Ministro, quer no próprio ministro de forma por vezes a roçar a violência verbal.
Hoje, na sua crónica do Público, a violência verbal entra numa escalada algo descontrolada. Referindo-se a uma entrevista de Nuno Crato na TVI 24 sobre as razões para ter aumentado o número de alunos por turma para 30, a expressão é simplesmente esta: “Esta conversa não é de ministro. É de farsola, que não distingue pedagogia de demagogia”.
Tão amigos que nós éramos. Já disse aqui que é sensato escolher bem os afilhados. Neste caso, é sensato escolher bem quem contribui para os programas eleitorais. E, mais do que tudo, clarificar bem as expectativas de quem contribui.
Na crónica de hoje, SC volta à ideia do animador de ideias do movimento de professores: “Aos professores adormecidos pergunto: e não fazemos nada?”.

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