Santana Castilho é
um cronista regular do Público, professor do ensino superior, mais propriamente
professor coordenador de Organização e Gestão do Ensino da Escola Superior de
Educação de Santarém, especialista em educação, depreende-se. As suas crónicas
ficaram conhecidas pelo tom virulento da crítica sobretudo para com a política
de educação do PS (Maria de Lurdes Rodrigues). Talvez com alguma pretensão
excessiva, Santana Castilho apresentava-se como um ideólogo ou simplesmente
como animador de ideias da rebelião de professores.
Os jornais desses
tempos começaram a dar conta da participação direta ou simplesmente como contribuidor
da elaboração do programa de governo de Passos Coelho na área da educação.
Por razões que as
más línguas situam no facto do Professor esperar talvez um lugar de governação
que não se verificou, ou simplesmente porque a prática do governo se começou a
afastar das suas ideias, Santana Castilho tem emergido nos últimos tempos como
um feroz adversário da política do governo, zurzindo quer no Primeiro-Ministro,
quer no próprio ministro de forma por vezes a roçar a violência verbal.
Hoje, na sua crónica
do Público, a violência verbal entra numa escalada algo descontrolada. Referindo-se
a uma entrevista de Nuno Crato na TVI 24 sobre as razões para ter aumentado o número
de alunos por turma para 30, a expressão é simplesmente esta: “Esta conversa não
é de ministro. É de farsola, que não distingue pedagogia de demagogia”.
Tão amigos que nós
éramos. Já disse aqui que é sensato escolher bem os afilhados. Neste caso, é
sensato escolher bem quem contribui para os programas eleitorais. E, mais do
que tudo, clarificar bem as expectativas de quem contribui.
Na crónica de
hoje, SC volta à ideia do animador de ideias do movimento de professores: “Aos
professores adormecidos pergunto: e não fazemos nada?”.
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