Assinalei a 2 de Março o momento da consagração formal do “Tratado sobre a Estabilidade, Coordenação e Governação na União Económica e Monetária”. Assinalo hoje, Sexta-Feira 13, o momento da zelosa adoção do mesmo por larga maioria da nossa Assembleia da República (PSD, CDS e PS). Uma matéria sobre a qual muitos se pronunciaram em múltiplas direções, incluindo especialistas reputados e figuras relevantes. Mas foi Basílio Horta quem o disse de modo mais cristalinamente compreensível: tal como está, o texto do Pacto Orçamental “formaliza Portugal como protetorado”. Mesmo sabendo que não tínhamos grande margem de manobra…
Tudo foi estranho neste processo, da já estafada “estratégia do bom aluno” (no caso vertente, sermos os primeiros a ratificar de entre os 25) à forma quase ostensiva como Passos e Portas insistem em abdicar de qualquer participação ativa na construção europeia, da sobranceria da
coligação governamental perante a proposta de uma adenda por parte do PS à decisão de voto favorável (versus abstenção como uma espécie de "cartão amarelo") pela direção deste Partido.
Certamente que o assunto ainda vai fazer correr muita tinta. Sendo que, a meu ver, e se Hollande não se interpuser, o futuro próximo da União Europeia virá a mostrar a improcedência deste passo e, mais gravosamente, a enormidade do seu arsenal autodestrutivo…
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