No site da Conferência de Lisboa de 12 e 13 de Abril de 2012 sobre os novos desafios da governação
local, estão disponíveis as apresentações realizadas, entre as quais a minha
proposta de discussão do tema centrado na questão: A crise dual da economia portuguesa e o “efeito-tenaz” sobre a governação local”.
A generalidade das
apresentações é um bom pretexto para se dar conta da forte diversidade do nível
sub-nacional de governação por toda a Europa, colocando especiais dificuldades
a uma análise comparativa consistente de modelos de descentralização ou de
centralização conforme é o nosso caso.
Por hoje chamo a
atenção para a apresentação do dinamarquês Hans Thor Andersen, centrada no tema
das estratégias de atração de novos residentes, na qual se projeta não só o
reformismo do país em matéria de administração local mas também as duas Dinamarcas,
a mais pujante e central e a mais periférica.
Do reformismo, dois
dados apenas:
- Passagem de 275 municípios a 90;
- Exigência de 30000 habitantes por município.
Os efeitos deste
processo na periferia traduziram-se em maiores municípios, distâncias mais
alargadas, perda de instituições e de empregos, produzindo o que Andersen
designa e bem de “centralização descentralizada”.
Na perspetiva dos
desequilíbrios, há na apresentação alguns mapas curiosos. A imagem que abre
este post é sugestiva: “The rotten banana/ Uganda-Denmark.
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