The Road to Recession daria um bom título de filme adaptado
aos tempos europeus.
Via Joe Weisenthal no Business Insider e também Krugman,
o gráfico acima dá que pensar e coloca o governo conservador numa perigosa
associação com o comportamento recessivo da economia do Reino Unido.
A comparação da
evolução da atual recessão com a de 1930 é perturbadora, não estando aqui em
causa o impacto das duas, mas apenas o seu ritmo de recuperação. Apesar de
todas as indefinições, a recuperação de 1930 foi mais rápida. Para além disso,
o gráfico anota a coincidência da entrada em estagnação da economia do Reino Unido
com a chegada ao poder de Cameron e Osborne. O processo também não escapa ao “insuspeito” Financial Times, sublinhando a recessão técnica da economia, com a queda
sucessiva do produto pelo segundo trimestre consecutivo.
Dá que pensar o
otimismo de alguns economistas nos anos 80 e 90 com o pretenso desaparecimento
do ciclo económico. A macro disciplina tinha-se tornado sábia, havia dominado as
intensidades do ciclo económico e a estabilidade nominal aparecia como uma
grande conquista.
Hoje, só um
ceguinho ou pelo menos alguém toldado pela ideologia económica é que não vê. E
de facto o pior cego é o que não quer ver. E pelos vistos pega-se por fatores
de transmissão ainda insuficientemente estudados.
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