Dizem os jornais que o presidente da Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), João Pedro Matos Fernandes, renunciou ao cargo na quinta-feira, lamentando "profundamente" a "ausência de decisões nas restantes empresas do setor". E acrescentando, em declarações escritas para a “Lusa”: "A ambição de Leixões não é compatível com a indefinição de mandatos e a minha saída, voluntária, tem como objetivo garantir a nomeação de um novo conselho de administração a 21 de maio".
De passagem pelo Porto, o ministro da Economia já veio agradecer a boa prestação realizada – Leixões transformou-se no mais lucrativo dos portos portugueses, tendo as contas de 2011 fechado com um resultado positivo de 10,3 milhões de euros – e, certamente também, o lugarzito assim deixado livre e à disposição, não sem afirmar que o novo modelo portuário está a ser trabalhado com a “troika” (sempre ela, umas vezes porque sim e outras porque serve!) e valorizará "a autonomia e boa gestão" do porto de Leixões.
O ministro, primeiro responsável pelo contexto de indefinição que grassa e todo o setor dos transportes, aludia implicitamente à polémica gerada (sobretudo a Norte) pelo referido “novo modelo portuário” que se diz poder vir a dar lugar a uma fusão das administrações portuárias do País e ao consequente desaparecimento da APDL. Caso para dizer, com Rui Moreira (JN, 15 de janeiro), “se não sabem, não bulam…”.
A competência tranquila de JPMF, há sete “gratificantes” anos na APDL (quatro como presidente), a sua enorme dedicação profissional e as marcantes qualidades humanas e de liderança que ostenta estão no centro do sucesso de Leixões. Incorrigível País este que tanto insiste em desperdiçar!
Parabéns, João Pedro, e volta depressa…
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