Compromissos familiares inadiáveis levaram-me para fora do Porto durante uma boa parte dos dias de celebração da primeira década de existência da Casa da Música (CM) sob o mote “Venham Mais Dez”. Mas ainda cheguei a tempo de por lá poder assistir, no domingo, a dois dos muitos e magníficos eventos programados: ao final da manhã, a Banda Sinfónica Portuguesa – um agrupamento associado da CM que é uma demonstração viva do potencial de uma atividade aberta e dinamizadora exteriormente às próprias paredes – e uma sua prestação em conjunto com Mário Laginha – divinais aqueles 15 minutos em que interpretaram a “Rhapsody in Blue” de George Gershwin! – e, à noite, o concerto de encerramento com a Orquestra de Jazz de Matosinhos (valeu Pedro Guedes e Carlos Azevedo!) em colaboração com o excelentíssimo guitarrista que é Kurt Rosenwinkel.
Tão ou mais importante do que tudo o resto foram as múltiplas iniciativas da “Casa Aberta”, que terão levado 40 mil pessoas a uma passagem pela CM, algumas visivelmente pela primeira vez. Por todo o edifício existiam sinais variados do trabalho realizado ao longo destes dez anos que fizeram da Instituição uma referência incontornável da Cidade em termos culturais, criativos, sociais, educativos, arquitetónicos e turísticos. Se ainda se quiser associar à data, aceda simbolicamente aos 10 pequenos filmes, ou “postais musicais”, em que o pianista Jonathan Ayerst interpreta as partituras resultantes do pedido da CM a 10 compositores de renome internacional com os quais mantem uma longa relação para que concebessem obras evocativas de aproximadamente 10 segundos (https://vimeo.com/123085642). Resta-me deixar aqui um agradecimento sentido a todos os que tanto e tão competente e profissionalmente têm vindo a contribuir para a transformação de muitos dos meus dias em dias melhores...
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