(adaptação de http://www.publico.pt
e http://www.jornaldenegocios.pt)
Aproveitando o facto e o conteúdo empírico da publicação pelo FMI de vários estudos importantes, dois jornais portugueses divulgaram duas interessantes infografias gráficas sobre questões de endividamento privado concedendo especial enfoque em Portugal e aos principais países da Europa do Sul (os velhos PIGS de outrora).
Ressalta a nossa débil situação comparativa, quer na medida em que ostentamos a maior dívida empresarial financeira em percentagem do PIB dos quatro países em análise, quer porque a fragilidade se repete no que toca à dívida conjunta das empresas e das famílias. Repare-se também nas posições deste indicador em 2007 e 2014, na sua evolução ao longo do período e na respetiva previsão para 2020: um mau ponto de partida, embora ligeiramente melhor do que o espanhol; um mau ponto de chegada, colocando-nos pior do que todos os outros (a Espanha logrou uma redução significativa e a Itália e a Grécia agravaram a sua posição mas estão ainda bem longe dos nossos níveis autenticamente assustadores); um mau futuro previsível (atente-se, designadamente, no contraste entre os nossos 162,9% e os 98,5% da Grécia). Dizendo depressa: hipotecados no potencial, limitados nos horizontes.
E cá volto eu a uma das minhas provocações de estimação: Portugal não é a Grécia, e certamente não quereríamos que nesta Europa o fosse, mas sempre vão existindo dimensões em que até talvez fora melhor que fosse!
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