sábado, 4 de abril de 2015

MISCELÂNEA DE PÁSCOA



As aleluias não estão ainda no seu apogeu de mancha branca e talvez este ano de 2015 seja um ano perdido pois seguramente que já não as vou ver no seu pleno. Em contrapartida, alguns carvalhos já atingiram aquele verde-claro irrepetível em qualquer paleta, a que eu chamo o verde dos carvalhos, ao passo que outros tardam em fixar-se nesse tom. De passagem na A28, pude confirmar que o amarelo da giesta está já pujantemente precoce, combinando aqui e ali com a púrpura ainda envergonhada da urze, numa mancha combinatória que tão bem caracteriza a força da primavera na serra de Arga.

Caminha estava ontem exuberante, espanhóis em bando e portugueses, alguns turistas de outras proveniências, esfomeados de sol, pouco propensos a mergulhar nas interrogações do xadrez político dos respetivos países (chamar-se-á a isto viver acima das possibilidades?) e dando alento a um depauperado comércio local, sempre a braços com a conhecida sazonalidade e refletindo as condições de um “entrepreneurship” envelhecido para o qual não se encontrou ainda renovação suficiente. O contacto breve com o “Caminhense”, jornal local para seguir o que se vai fazendo por aqui, dá para perceber que o jovem autarca do PS que ganhou surpreendentemente as eleições aposta no desporto como grande marca diferenciadora do concelho e não estará a pensar mal.

Nesta breve fugida a Seixas, para além da delícia do tempo de convívio com a Margaridinha, cada vez mais menina e exultante com a sua nova casa por uns dias, lenitivo suficiente para muitas agruras, ainda deu tempo para mergulhar em dois pequenos artigos em torno de um tema, que não é nosso, mas que pode marcar o direcionamento da economia mundial. Trata-se de estudar como é que deve comportar-se a política monetária do FED – USA em tempos de recuperação da economia americana mas de mercado trabalho com sinais contraditórios. Um tema central para qualquer um que se inicie hoje na macroeconomia contemporânea.

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