Eu não acredito em bruxas ou coincidências, mas acabar de editar um post sobre gente centenária e tomar conhecimento da morte de um homem de 106 anos, o grande e imortal vulto da cultura portuguesa que foi Manoel de Oliveira, tem que se lhe diga.
Considero-me liberado de aqui ensaiar o acrescento do que seja de relevante aos múltiplos e mais talentosos elogios pessoais e curriculares que por estes dias serão dirigidos a Manoel de Oliveira. Referirei apenas que o conheci em várias situações e que com ele cheguei a ter a feliz e honrosa oportunidade de trocar algumas impressões e, sobretudo, de lhe ouvir algumas memórias e opiniões.
Já depois dos 100 anos, Manoel de Oliveira continuou a cumprir o que entendia serem as suas obrigações cívicas – recordo-o numa especialmente tocante sessão ao vivo em que, após ter explicado que estava ali “pelo grande amor que tenho a esta Cidade” e que “o teatro é a grande expressão do espetáculo” enquanto “o cinema é o espelho da vida”, terminou com um “portanto, votem certo” –, pessoais – enternecedor aquele envelope com que no seu papel de padrinho presenteou discretamente o afilhado Alexandre Alves Costa no final da cerimónia de jubilação universitária deste! – e profissionais – conclusão de quatro longas-metragens mais quatro curtas e médias outras realizações, de entre a vastidão de projetos que permanentemente lhe ocupavam a cabeça. A homenagem mais sintética que consigo associar a Manoel de Oliveira diz-se em três palavras: Porto, Cinema e Vida. Ou, como talvez ele também não enjeitasse: obrigado, simplesmente obrigado!
Considero-me liberado de aqui ensaiar o acrescento do que seja de relevante aos múltiplos e mais talentosos elogios pessoais e curriculares que por estes dias serão dirigidos a Manoel de Oliveira. Referirei apenas que o conheci em várias situações e que com ele cheguei a ter a feliz e honrosa oportunidade de trocar algumas impressões e, sobretudo, de lhe ouvir algumas memórias e opiniões.
Já depois dos 100 anos, Manoel de Oliveira continuou a cumprir o que entendia serem as suas obrigações cívicas – recordo-o numa especialmente tocante sessão ao vivo em que, após ter explicado que estava ali “pelo grande amor que tenho a esta Cidade” e que “o teatro é a grande expressão do espetáculo” enquanto “o cinema é o espelho da vida”, terminou com um “portanto, votem certo” –, pessoais – enternecedor aquele envelope com que no seu papel de padrinho presenteou discretamente o afilhado Alexandre Alves Costa no final da cerimónia de jubilação universitária deste! – e profissionais – conclusão de quatro longas-metragens mais quatro curtas e médias outras realizações, de entre a vastidão de projetos que permanentemente lhe ocupavam a cabeça. A homenagem mais sintética que consigo associar a Manoel de Oliveira diz-se em três palavras: Porto, Cinema e Vida. Ou, como talvez ele também não enjeitasse: obrigado, simplesmente obrigado!
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