O Reino Unido já está em plena campanha eleitoral e anteontem realizou-se o primeiro grande debate entre os sete candidatos mais representativos (imagem do “Times” acima). A disputa que se trava integra vários tipos de elementos de interesse e até potencialmente históricos, o mais importante dos quais poderá ser uma conjunção de forças que force uma via conducente ao abandono da União Europeia por parte do país (“Brexit”) – e se o que está a acontecer na Grécia já é por demais arriscado, um tal hipotético cenário seria provavelmente a primeira machadada final na chamada “construção europeia”.
Ao que indicam as sondagens, as coisas estão renhidas. Os trabalhistas do pouco carismático Ed Miliband partiram bem na frente mas estão agora praticamente a par dos conservadores de Cameron, enquanto os eurocéticos e populistas do UKIP de Farage se posicionam clara e ameaçadoramente como aquela que poderá ser a decisiva terceira força partidária a sair das urnas. Neste quadro, e com os liberais em perda e os verdes ainda exibindo uma expressão modesta (apesar do seu notório crescimento), a aritmética dos acordos com incidência governativa tende a ficar incerta, difícil e perigosa. Não espanta, pois, que haja tantos cidadãos indecisos e até baralhados...
(Jeremy Banks, “Banx”, http://www.ft.com)
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