sábado, 10 de março de 2012

ALGO MAIS QUE TRÊS FARPAS

1. Diz o “Expresso” de hoje que António Mendo de Castel-Branco do Amaral Osório Borges – ex-vice-presidente do Conselho de Administração do banco “Goldman Sachs International” (2000/08), ex-presidente do “Hedge Fund Standards Board” e ex-vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD (2008/10), ex-diretor do Departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional (2010/11), entre as mais recentes de várias outras funções desempenhadas – “coordena uma equipa de cinco economistas a partir do seu gabinete de administrador da Fundação Champalimaud, recebe €25 mil/mês (…) e aceitou ser discreto”. O que está em causa? Segundo a “Wikipedia”, Borges estará “presentemente encarregado das Privatizações e das Parcerias Público-Privadas, anteriormente da competência do Ministério da Economia e de Álvaro Santos Pereira” (!); segundo o “Expresso” é “o 12º ministro” e tais são os “custos de um Governo pequeno”; segundo a perspetiva que tendo a admitir mais rigorosa, tudo indica estarmos perante um Governo moderno e que opta por recorrer à figura incontornável do “outsourcing” – já não faltará talvez muito para que as reuniões de Conselhos de Ministros abandonem as velhas instalações da Gomes Teixeira para reunirem na magnífica sede da Fundação presidida por Leonor Beleza…


2. Entretanto, a vida dura prossegue lá para os lados cada vez mais esvaziados da Horta-Sêca, entre Passos a afirmar sobre Álvaro que “não prescinde dele” mas a exigir-lhe que “ponha os secretários de Estado na ordem e que mande calar quem fala de mais” e manifestações constantes de escrutínio ao ministro (?) e do já irremediavelmente consagrado desporto nacional do “tiro ao Álvaro”. Como a que capeia – com graça, há que dizê-lo – o suplemento “Dinheiro” do JN de hoje: “Os problemas do Álvaro e dos seis Alvarinhos”. Para tudo na vida é preciso ter sorte e até na política há filhos e enteados ou, para quem preferir, “emigrantes” de primeira e de segunda...


3. Fui ler melhor o tão badalado prefácio de Cavaco (acima caricaturado por Fernão Campos em http://ositiodosdesenhos.blogspot.com). E retive: "Ao longo deste segundo mandato, iniciado precisamente há um ano, irei ser o Presidente do inconformismo e da esperança. Os portugueses podem contar comigo." Asseguro, a quem tal possa eventualmente interessar, que fiquei muitíssimo mais descansado…

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