

A “cassete” tem entretanto vindo a ser repetida à saciedade sempre que Cavaco se desloca à província profunda ou visita o mundo rural. Como este sábado voltou a acontecer, no quadro da sua passagem de dois dias por Trás-os-Montes. Cito-o defendendo "uma estratégia para a valorização do interior por forma a conseguir combater o envelhecimento das populações, o despovoamento, o abandono das terras e a queda da produção". E deixando a interrogação: "É preciso fazer os possíveis, utilizando fundos comunitários, para um verdadeiro repovoamento agrário do interior do nosso país, porque se partirem os agricultores então quem fica?"
Sua Excelência não se mede! A que ficará a dever-se esta sua súbita devoção à causa da agricultura? Será só arrependimento e remorsos? Porque Cavaco foi primeiro-ministro dez anos (1985/95), os dez anos da adesão europeia, dos primeiros quadros comunitários de apoio, da reforma da política agrícola comum. Porque, de facto, “tudo começou [ou acabou?] com os governos de Cavaco Silva”...
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