“O oráculo é a resposta dada pela
Divindade a uma questão pessoal através de artes divinatórias. Por extensão, o
termo oráculo por vezes também designa o intermediário humano consultado, que
transmite a resposta e até mesmo, no Mundo Antigo, o local que ganhava
reputação por distribuir a sabedoria oracular, onde era notada a presença
Divina sempre que chamada, que passava a ser considerado solo sagrado e previamente
preparado para tal prática.” (Wikepedia)
Por terras americanas e em campanha de
sedução, sóbria sedução entenda-se, Vítor Gaspar desdobrou-se tal qual oráculo
inspirado pelo antecipar do futuro próximo da economia portuguesa. No Jornal de Negócios pode ler-se: “Questionado sobre se Portugal está a meio da ponte, o
ministro responde que ainda está aquém: ‘Estamos a aproximar-nos do meio da
ponte’. Quanto ao rumo, repete, ele é o certo: ‘Este programa de ajustamento é
verdadeiramente o programa de ajustamento que Portugal precisa’”.
A metáfora da ponte é sugestiva. Quase
a meio, mas sem ver a outra margem. Nevoeiro talvez. Ou uma ponte demasiado
extensa que o olhar humano não alcança. Mas não é seguro que o piso não tenha falhas,
sobretudo a capacidade de arrecadação fiscal. Mas sobretudo ausência por agora
de um projeto para a outra margem e o risco de aí chegarmos depauperados, tão
depauperados que a viagem não tem encanto.
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