Somos um país de esbanjadores, pobres porque nem mesmo os recursos que possuímos sabemos aproveitar. E quando assim é, nem a quantidade importa! Há dias questionei um grupo de amigos sobre novidades em matéria de ordenamento, ambiente e políticas urbanas? Quais as novas orientações? Que políticas? Que iniciativas? E a reorganização administrativa? E as pessoas, os técnicos o que andam a fazer?
Comecemos pela última questão, a mais simples: o que fazem os técnicos de carreira da administração pública que ascenderam a cargos de direção e que por opções políticas, fruto das remodelações em curso, deixaram de exercer essas funções?
Ao que parece….uns foram destituídos e estão sem funções! Outros aguardam ainda por reformulações mas já sem competências! E, ainda há outros que são completamente ignorados pela tutela ou recebem orientações contraditórias, o que na prática conduz à estagnação e inoperacionalidade dessas organizações.
Tão pouco estou a criticar a opção política - não que concorde com algumas das decisões - subscrevo inclusivamente que mudar significa, por vezes, assumir ruturas - que parece ser o caso ou, talvez, também não - mas o que acho intolerável é darmo-nos ao luxo de termos recursos técnicos (pessoas) qualificados e competentes até há pouco tempo, hoje sem qualquer missão ou função na administração pública, de onde são oriundos, claramente subaproveitados ou mesmo literalmente desocupados!
Os números divulgados parecem demonstrar uma redução da “máquina do estado”- menos organismos, menos instituições, menos cargos de dirigentes, com especial incidência no ministério que também é do ordenamento, do ambiente, do…. Mas ganhamos como País, o quê? Eficiência? Operacionalidade? Redução de custos? Recursos desaproveitados e desmotivados? E as pessoas?
Quanto às novas orientações ou políticas efetivas sabe-se muito pouco, iniciativas como a Rede Portuguesa para o Desenvolvimento do Território não são exemplo! outras ?…mas quais? alguém sabe?
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