terça-feira, 13 de março de 2012

“NIMILEURISTAS”

Excelente a iniciativa do “El País” de promover ”uma série dedicada aos desafios, sonhos e problemas desta geração de ‘nimileuristas’” (ou “nimis”). Iniciada domingo com um apelo à participação dos leitores através de artigos ou debates nas redes sociais (“si tienes menos de 35 años y ganas menos de 1.000 euros nos gustaría conocer tu historia”) e alguns títulos aterradoramente sugestivos como é o caso de “a crise converte o ‘mileurismo’ no sonho de milhares de jovens”!

No interior, uma síntese em seis tópicos:
· Desemprego: o desemprego juvenil em Espanha é de 49,9% (Janeiro, Eurostat). A média europeia é de 22,4%.
· Sobre qualificação: afeta 37% de menores de 30 anos com título universitário ou com frequência do ensino superior.
· Fuga de cérebros: 68% projeta emigrar. 32% por um largo período de tempo.
· Emancipação: contraiu-se 4,2% em 2011. 55% dos menores de 34 anos não estão emancipados.
· Retrocesso: 75% creem que viverão pior do que os seus pais. 70% dos mais velhos também o creem.
· Desemprego prolongado: 45% dos menores de 34 anos leva mais de um ano em busca de trabalho.

A realidade portuguesa, pior nuns casos melhor noutros, não é significativamente diversa. E a pergunta que se impõe à minha e perplexa “geração do crescimento” é então: como foi possível que, tantas voltas depois, passemos o testemunho em condições piores do que aquelas em que o tínhamos recebido?

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